Curitiba, 18 de novembro de 1990.
Curitiba, cidade esguia, tenra, verde, aconchegante, reunindo atrativos diferenciados, gostosa, onde o dia amanhece rindo e o sol se cala no horizonte. De imediato as luzes da cidade se acendem, como colar de pérolas, ornamentando suas ruas, avenidas, praças e edifícios.
Curitiba nos deixa muito à vontade para conversar com ela. Senhorita elegante; loira, ruiva ou morena, seu nome desliza harmoniosamente por onde é pronunciado. “Cidade Sorriso”,
não nega este apelido. Vista do alto é hoje um grupo maciço de prédios bem construídos
mas com o coração ardente, oferecendo aos seus visitantes, uma facilidade de vida,
de locomoção, raramente encontrados em outras cidades.
Que bom passear na antiga e movimentada Rua XV. Chegar até a Praça Osório, comprar um jornal, ler as notícias, passar na Boca Maldita e depois, tomar um ônibus que nos leva a bairros elegantes; Batel, Champagnat, Alto da Rua XV, onde vemos ruas arborizadas, com belas residências dando aos seus habitantes,um nível de vida excepcional. Que bom passar pelas ruas limpas e movimentadas, onde pode se ver um comércio exuberante. Lojas elegantes, oferecendo a seus clientes, os produtos mais atualizados do mercado.
Curitiba é interessante também por suas etnias, onde a diferença de raças, crenças, hábitos
e costumes, se misturam harmoniosamente, entrelaçando-se para formar um único grupo, bravo, lutador, bonito, cortês e especialmente trabalhador.
De manhã cedo, o Parque Barigui, imenso jardim, se povoa de seres que se movimentam num vai e vem programado, respirando ar puro, marchando, correndo, pulando, ao som de uma orquestra de pássaros felizes, por viverem livres em um ambiente todo seu. Em seguida, o parque volta ao seu estado natural e seus seres o deixam para voltarem no dia seguinte, ficando este reino, em poder se seus habitantes naturais.
Realmente Curitiba apresenta muitas coisas, que chamam a atenção de seus habitantes.
Seus restaurantes, seus clubes, seus parques, fervilhando de gente a procura
daquele algo mais, que Curitiba oferece.
Morar em Curitiba é um privilégio. Conseguimos almoçar com a família e ver os filhos acordar, brincar com eles, participar da família e curtir a família. O sistema viário, um dos melhores no Brasil, se não o melhor, oferece farta condução de boa qualidade, municiando tanto o centro, como os bairros, numa vivacidade incomparável.
Alguém disse uma vez: – “Prefeito, Paris tem trezentas mil árvores”. A resposta objetiva foi: – “Curitiba também as terá”. Não sei exatamente se Curitiba tem trezentas mil árvores, mas o verde que ornamenta suas ruas e avenidas, completa um quadro maravilhoso, pintado por um “Senhor” pintor. Numa cidade do porte de Curitiba, apesar de seus 1.500.000 habitantes ainda conseguimos visualizar em suas ruas, amigos e conhecidos, num interminável: – Olá, como vai? Se percorrermos seus restaurantes, notaremos os famosos jantares de grupo de amigos, desde segunda à domingo, que durante vários e vários anos, se reúnem em determinado dia da semana
onde atualizam fofocas, saboreiam saborosos pratos e solidificam suas amizades.
Praça Garibaldi: outro local tradicional antigo, onde a animação de sua feira heterogênea,
mostra a versatilidade de seus feirantes. Temos até um conjunto musical permanente,
animando ainda mais o ambiente. Tantos e tantos lugares, que se formos enumerá-los,
seremos obrigados e escrever um livro.
Curitiba, realmente nos coloca numa situação privilegiada, e morar aqui,
torna-se um vício muito agradável.
INÉRIO BRUNOMARCHESINI
Ex- Diretor Comercial da Dipave Veículos
Atual Diretor Presidente da Preferencial Veículos ( Distribuidor Volvo-Car em Curitiba)