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Credibilidade é o trabalho de cada um

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NÓRIS PORCIÚNCULA DE BARGUENO

Brasileira. nascida em Pelaras. Rio Grande do Sul, onde morou até os vinte anos.
Mudou-se para Curitiba, concluiu a Escola de Belas Artes.
Recém-casada com o empresário Julian Bargueno, mudaram-se para Buenos Aires. Lá concluiu o Curso de Decoração no Instituto IPIN.
Depois de alguns anos, voltaram para residir no Norte do Paraná, (Apucarana) e depois novamente a Curitiba.
Consta de seu currículo, dois anos de História da Arte no Museu Alfredo Andersen e Pós-Graduação na Escola de Belas Artes.
Com grande experiência nas artes, abriu com sua mãe o tradicional “O Relicário” e agora a “Nôris Espaço de Arte” com conexão em Buenos Aires.

 

SOU – Constante e persistente no que faço. Gosto de movimento e principalmente das pessoas. Adoro conversar, aprender, mesmo não me considerando muito diplomática socialmente. Tenho muitas ideias e me envolvo intensamente com novos projetos. Canceriana do dia 25 de junho, ligada a casa, a família e as minhas coisas, sou extremamente curiosa, gosto de ler e de pesquisar novos campos e de me relacionar com os artistas que estão constantemente em atividade.

VIDA – Normalmente trabalho até às 20 horas no meu espaço da Alameda Princesa Izabel, 899 ·e só almoço em casa quando os meus três filhos, Julian, Fernando e Juan Carlos estão presentes. Acho que isso reforça a união familiar. Sou casada há vinte e nove anos.

ANTIGUIDADES- Sempre tive a oportunidade de viajar muito. Estive no Japão, Austrália e Europa diversas vezes, estando sempre muito envolvida com as artes. Talvez pela excelente oportunidade de fazer pesquisas, visitando museus e aprendendo sobre a história e a qualidade das peças. Empenhava-me em descobrir novas coisas e mandar livros informativos pelo correio. Além disso é muito importante ter contato direto com as peças. Tenho 20 anos de experiência. Comecei com o antiquário quando minha mãe veio morar em Curitiba. O campo é vastíssimo. Sem conhecimento não temos parâmetro. A possibilidade do estudo nos dá a certeza de poder distinguir o bom do ruim, mas sempre há muito o que aprender. Consigo perceber na hora a qualidade da peça. As antiguidades sempre estiveram relacionadas as pessoas que gostam, curtem ou querem fazer um investimento. Se acho uma peça boa, eu compro sem pressa de vender. Alguém vai entender, valorizar. e adquirir.

O QUE SE COMPRA – O curitibano adquire mais enfeites de sala, peças que sirvam de adorno, talvez pela modernidade dos móveis, pois poucos são realmente antigos. As peças de uso pessoal ficam em segundo plano. É importante saber o que e com quem se está comprando. De cinco anos para cá, está havendo um movimento especulativo. Muitas peças de moda não muito caras, Cópias confundem o comprador, que às vezes prefere pagar menos, não avaliando a durabilidade da mercadoria que proporcionalmente acaba saindo mais cara. Uma vez que a peça autêntica permanece a vida toda e a cópia pode durar determinado tempo perdendo inclusive as características.

LEILÕES – No Brasil, não foram bem interpretados dentro da verdade. No mundo inteiro as casas de leilões juntam durante determinado tempo, peças de pessoas ou empresas que são selecionadas e depois leiloadas dentro de determinado critério. Não há seriedade dos critérios de ética internacional dos leilões. Falta a informação de base que atrapalha os que querem fazer um trabalho sério. Há deformação do processo. Muitas pessoas já estão percebendo e uma hora vai acabar.

CATALOGADO – Há uma grande confusão quanto a este tema .. Para o artista estar catalogado num livro sério, manda o currículo e o trabalho que será julgado por uma comissão para posteriormente poder estar catalogado em determinado livro. O Roberto Pontual faz um trabalho sério. O que não se deve confundir com estar catalogado é simplesmente constar de uma publicação normal pela qual se pagou para participar sem haver critério de seleção.

NÓRIS ESPAÇO DE ARTE E ANTIGUIDADES- Paralelamente ao antiquário, abri o Nóris Espaço de Arte e Antiguidades, onde desenvolvo muitos projetos, inclusive fora de Curitiba. Por meus conhecimentos, tenho feito avaliações para diversas pessoas, inclusive para definições de herança. É importante que as pessoas se sintam bem e que cada um leve um pouco de sua família para a sua casa. Com uma avaliação precisa, evitamos até desentendimentos familiares.

ESPAÇO – No meu espaço pretendo sempre trazer novas informações, pintores profissionais já consagrados em seu país e em outros ambientes e com novos critérios. Deve haver uma troca e ampliação visual. Há dois anos participei de uma feira em Buenos Aires e levei artistas contemporâneos daqui. A Argentina é mais tradicional e o Brasil é bem mais solto. Consequentemente eles adoraram visualizar imagens mais avançadas. Pretendo levar 3 ou 4 artistas brevemente para a Argentina, que sejam profissionais e que representem da melhor forma possível a nossa Curitiba.

LEIS – Temos aqui algumas leis que deveriam ser modificadas. Já existe uma lei no Mercosul. Da Argentina para fora, mas não do Brasil para fora. No tocante ao artista poder levar a sua obra e comercializá-la. Aqui no Brasil tudo é nosso patrimônio. O nosso artista, sai expõe e tem que voltar com a obra. Ao contrário da Argentina onde a artista pinta, fotografa e autoriza a comercialização de sua obra. O artista tem que viver, se manter e eu tenho que obedecer a regras para que os negócios aconteçam dentro dos critérios exigidos.

PATRIMÔNIO – Obras de Portinari, Tarsila do Amaral que são nosso patrimônio, estão atualmente na Argentina. Elas sim, deveriam estar aqui. Ter sido compradas por brasileiros.

PRESENTES – Tenho trabalhado também com presentes. Sempre ligados a artes para empresas. Recentemente entregamos várias obras de artistas em Curitiba para serem distribuídos na América Latina. Também foram feitas várias obras, as quais. entregamos em Buenos Aires.

 

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