Em sua casa, o aroma das flores predomina. O espaço tornou-se pequeno para abrigar tantos arranjos acompanhados de cartões de agradecimento ou de admiração. Esta senhora adora dar e receber flores e diz que elas fazem parte de sua vida, talvez por isso a sua residência esteja sempre florida.”Bouquets” mandados por pessoas em reconhecimento a algum benefício, ou apenas uma homenagem sincera ao tanto que ela representa. Ao lado da porta, uma cristaleira repleta de placas, troféus, homenagens e mimos a ela ofertados. Cada um significa um momento, conta uma estória, boas lembranças, uma prova íntima para esta senhora que com muita humildade evita falar de suas boas ações.
Doce, suave e ao mesmo tempo determinada e segura de seus objetivos, Síria é participativa e atuante. Em toda a sua vida, jamais gostou de aparecer, de mostrar o seu trabalho que sempre desempenhou com maestria por opção. Seu amor maior é trabalhar em prol dos necessitados desenvolvendo esta atividade em inúmeras entidades assistenciais como creches, hospitais, asilos e com dedicação especial aos deficientes. Síria Chede Corrêa de Castro é digna representante da mulher paranaense e tem uma vida dedicada com intensidade à filantropia. Os anos passam, mas esta senhora continua, com muita fé e amor ao próximo.
Impossível seria enumerar todas as homenagens e referências à sua pessoa. Entre elas: foi homenageada no “Dia Internacional da Mulher” pelo Santa Mônica Clube de Campo. Foi agraciada com o título de “Cidadã Honorária de Curitiba”, pelo exemplo de honradez, abnegação e amor pelas atividades sociais e filantrópicas. É fundadora do “Grêmio Magnólia” na cidade de Palmeira e participa do Clube Soroptimista, da Irmandade Ortodoxa e da Sociedade Beneficente das Senhoras Libanesas do Paraná.
Há 36 anos, desde a sua fundação e por aclamação unânime dos associados, a senhora Síria é presidente do Sindi Clubes, antes Acepar Associação dos Clubes Sociais do Paraná. Ela é uma das mais dedicadas e queridas figuras do meio clubístico paranaense.
Foi uma das fundadoras da Escola “Tia Nilza”, ajudou na reconstrução, do “Lar do Xaxim” depois do incêndio na instituição. Assistiu ao longo dos anos, o “Orfanato Madre Carmela”, a “Irmandade Ortodoxa”, o “Hospital Erasto Gaetner”, o “Asilo São Vicente de Paula”, o “Lar das Meninas do Perpétuo Socorro”, o “Abrigo Santa Clara”, a “Creche dos Velhinhos de Palmeira”, o “Setor de Pediatria do Hospital das Clínicas”, o “Pequeno Cotolengo”, o “Leprosário São Roque” entre muitas creches, núcleos e instituições.
Para esta pessoa iluminada, que muito faz e que dentro de sua humildade se mantém quase que no anonimato, o eterno agradecimento dos que por ela foram assistidos.
“Dentro da Filantropia, três coisas boas ocorreram comigo: obtive as melhores e maiores amizades, ajudei a quem necessitava e encontrei-me interiormente”. São as palavras de nossa entrevistada.