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Mariza Del Claro

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Mariza Del Claro é vice-presidente da Associação Paranaense de Apoio a Criança com Neoplasia (APACN), entidade sem fins lucrativo, que atende crianças das mais variadas localidades, desde Rondônia ao Paraguai: Trabalha há 13 anos no Hospital de Clínicas do Paraná, representando a APACN, da qual faz parte há I 6 anos. Mas Mariza tem também o seu lado forte como artista plástica, arte que ela desenvolve com senilidade e técnica e que lhe tem rendido muitos elogios. Esta é Mariza: uma pessoa especial voltada as grandes causas.

 

Como artista, participou pela segunda vez, da Casa Cor em Curitiba e neste ano também, em Florianópolis. Recebeu aprovação do Ministério da Cultura num projeto para 6 exposições no Brasil e duas no exterior, e, se Deus quiser, no ano 2001, estará publicando um livro dedicado às crianças com câncer.

Sua meta é crescer na pintura. Deseja que com essas exposições sensibilizem todos por essa causa.

Seu sonho junto com as voluntárias da APACN é a construção do Laboratório de Pesquisa em parceria ao Hospital St. Jude, de Memphis.

Sua arte estava incubada e, por meio de um trabalho voluntário de apoio à criança com câncer, foi-se desenvolvendo. As interpretações de Mariza de como as pessoas acreditavam em certos tipos de tabus sobre a doença, as perdas físicas e, consequentemente a morte, foram se transformando à medida que buscou compreender a realidade. Nascia o envolvimento.

Foi no contato diário com cuidar, apoiar e observar crianças que Mariza aprendeu sobre os caminhos árduos, sobre a alegria e as tristezas em tempos difíceis. Do sentimento e da emoção pelos sofrimentos das crianças, nasceu a necessidade de entender os mecanismos que levam as células à loucura, isto é, o câncer.

Num primeiro momento, procurou conhecer e estudar lâminas pigmentadas que continham células cancerosas. Nelas, pode perceber a beleza nas formas e cores quando as visualizava. Mas, como toda essa beleza de cores e formas podem causar tantas dores e alterar todo o ciclo de uma vida?

Foi pensando na ambiguidade entre as cores e a beleza, a doença e o sofrimento que iniciou suas pinceladas na nova temática: pintar células. Vivenciando essas situações, começou a compreender melhor o que era lutar pela vida e descobriu o quanto somos responsáveis pelas atitudes vinculadas ao próximo. Nessa arte de viver, encontrou uma nova visão do que é a vida.

Na nova caminhada, o segundo momento de sua arte. Caminhando imaginariamente por meio de pinceladas, formas e cores que se misturaram na tela, em sua mente, acontecia a visualização das células na realidade que percebia.

Uma caminhada vem carregada de transformações, de crescimento e maturidade. Novamente nasce um terceiro momento: como é pintar o branco? Assepsia, claridade e transparência: o desejo da não contaminação dos glóbulos brancos, a libertação e a metamorfose no ciclo da vida.

O trabalho de artes plásticas é uma parte de sua ação que acredita ser importante para a conscientização e o não preconceito com relação ao câncer. A forma como indicam a ligação com o câncer é muito instável e nem sempre acontece, porque o espectador não é atento para a temática, a não ser quando avisado.

Através de suas obras, procura também sensibilizar as pessoas na preservação do meio ambiente que pode ser uma das causas da incidência do câncer. Mariza quer por essa razão transmitir que, no futuro o ser humano estará livre de doenças degenerativas. E acreditando nisso é que continua nessa trajetória da vida.

 

MARIZA

 

Sou uma pessoa supersensível em todos os sentidos, mas também sou lutadora, nunca desisto de meus objetivos. Gosto de dançar, de atividades alegres e de viajar, sempre que possível, viagens culturais. As crianças são a minha paixão.

O segredo do sucesso para lidar com as pessoas é a sensibilidade. Eu recebo todos muito bem, conhecendo as pessoas no seu íntimo sem ligar para as aparências.

Sou muito religiosa. Sou católica, fui criada em colégio de freiras e sigo os princípios da minha religião. Tenho três filhos, a Adriana, a Patrícia e o Olavo, com os quais tenho uma relação maravilhosa.

Em minha opinião todo ser humano deveria fazer estágio voluntário em um hospital público. Lá você vai ver muito sofrimento, aprender a dar carinho e aprender a ser mais humano. É só doar o seu tempo disponível, aquele que você passa vendo televisão, por exemplo. É uma lição de vida. Tem gente que não é voluntário por falta de informação. Não sabem como é esse trabalho. Mas é simples e todo mundo deveria passar por essa experiência.

Também gostaria de dizer para as pessoas não perderem a esperança. O mundo vai melhorar, já está melhor do que em alguns anos atrás

Temos que lutar pela nossa felicidade.

 

Mariza Del Claro

(41) 2.32.-7716 /9964-2.760

80.250-000

Curitiba – PR

marclaro@hotmail.com

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