No amplo currículo de Tulio Vargas, constam cargos importantes, como ex-deputado estadual e federal, Secretário de Estado, procurador do Tribunal de Contas, presidente do BRDE, governador do Lions Internacional e presidente da Academia Paranaense de Letras.
Esse canceriano, também autor de aplaudidas obras sobre história do Brasil e do Paraná, tem seu lado conservador que não exclui, todavia, a importância de novas ideias e impulsos renovadores. Ele tem procurado pôr em prática essa visão moderna à frente da Academia de Letras, da qual hoje é presidente. Objetivos? Ampliar sempre sua atividade cultural, reeditar seus livros e produzir outros.
Ele considera-se um homem de sorte. Passou pela política, pela Assembleia Legislativa e pela Câmara dos Deputados, por cargos públicos de relevo, sem conhecer desenganos, nem arranhões. Percorreu um longo caminho que principiou na adolescência, “malhando” em rádios e jornais, continuou depois na universidade e culminou no grande desafio de aventurar-se profissionalmente em Maringá, que mal nascia, onde construiu o futuro.
O primeiro passo profissional determinante de Tulio, foi numa emissora radiofônica.
Começou bem jovem na Rádio Clube Paranaense Ltda, PRB2, como locutor esportivo, além de produzir programas sindical e político. Essa atividade deu-lhe desembaraço e condições de comunicação com o público: Passo seguinte, a política partidária e a primeira filiação na UDN (União Democrática Nacional).
A sua atividade cultural começou efetivamente no Colégio Novo Ateneu, em Curitiba. No Cenáculo Ruy Barbosa, escreveu os primeiros versos e crônicas e prosseguiu na Faculdade de Direito, como diretor cultural, envolvido com simpósios, assembleias e ciclos literários.
À frente da Academia Paranaense de Letras, à qual ele se dedica com afinco, promove o fortalecimento da imagem institucional, com a criação de núcleos literários no interior, promoção dos bens culturais com a valorização da “prata da casa” e defesa da tradição paranista.
TULIO
A gente só cresce diante de desafios. Riscar do dicionário pessoal a palavra preguiça. Ousar, quando necessário. Autocrítica suficiente para avaliar as próprias fraquezas. Ser humilde, sem subserviência. Liderar com firmeza, sem perder o controle. Só aceitar cargos e responsabilidades se julgar-se capaz.
Obstinação e comunicação, quesitos necessários para atingir objetivos profissionais. Transparência nos objetivos e uma boa dose de caráter.
Costumo escrever, ler e reler biografias. Ainda agora terminei de conhecer a vida íntima de Dostoievski, escrita por sua mulher, Anna. Um passeio pelo mundo fascinante de um gênio. Há outros na fila.
Nos fins de semana, quando não tenho compromissos sociais, fico em casa “lambendo” os netos ou assistindo ao futebol na televisão. Nessas horas, livros ou pesquisas, nem pensar.
Meu lema é: nunca dormir sobre os louros conquistados. Buscar aperfeiçoamento intelectual e espiritual para novos avanços. “Só envelhece quem deixa de sonhar”. Eu tenho meus sonhos, por exemplo, obter sede própria para a Academia Paranaense de Letras; viajar quando houver tempo, conhecer o Egito e a Grécia, sem pressa, cujas raízes históricas me fascinam.
Agradeço ao Criador pelas alegrias que me tem dado, pela família e amigos que tenho, pelos inimigos que não tive. Chegar ao ano 2000 com saúde é uma dádiva. Viver ainda a tempo de dançar a valsa de debutante com minha outra neta, Sabrina, que tem apenas três anos de idade. Quem sabe …
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