Carregando...

Verinha Walfor

Postado em

A ASSINATURA DE BONS ESPETÁCULOS

Quando pequena ela era baixinha e magrinha. tipo miudinha. Por isso Verinha, ou melhor. Verinha por causa da língua presa, sua inconfundível maneira de falar que as vezes lembrava uma francesinha. Sonhava em ser artista de teatro e chegou a fazer cursos, observando sempre o trabalho da produção. Daí surgia, há 28 anos atrás a nossa produtora, em Curitiba a pioneira no ramo. Venceu pressões, mas inabalável continuou o seu caminho, plantando credibilidade e competência. Hoje Verinha é um nome, sinônimo de bons espetáculos, disputada no meio artístico e empresarial, traz consigo, a satisfação de ter realizado mais de 500 eventos.

 

VERINHA – Sonhando sempre em ser artista, com mais dois amigos, descobrimos que o cantor Taiguara iria se apresentar em Ponta Grossa. Acabamos fazendo amizade com ele e o acompanhamos por todos os lugares. Encantava-me a produção, e aí constatei que esta profissão é que me realizaria e não a de atriz.

COMEÇAVA A SER FORMATADO UM GRUPO PROFISSIONAL DE TEATRO chamado “Grupo Momento” que se destacou fazendo um trabalho reconhecido pela crítica e junto com um amigo acabamos entrando como relações públicas. Só que o teatro paranaense era pouco e eu queria mais.

COMEÇAMOS A VIAJAR PARA SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO, assistir as peças, conhecer atores. falar com administradores. As coisas caminharam, me desliguei do teatro local e parti com a cara e a coragem para grandes shows, entre eles “Os Doces Bárbaros” com Maria Bethânia, Gal Costa, Caetano Veloso e Gilberto Gil e a partir daí não parei mais. Cada vez mais apaixonada pelo trabalho continuei.

TIVE PREJUÍZOS E DECEPÇÕES COM O TEATRO PARANAENSE, e numa determinada época larguei tudo, fui para o projeto Jari em Belém do Pará, fiquei dois anos, e lá entre outras coisas, também fiz produção.

EM SEGUIDA FUI PARA MANAUS, morei dois anos e nesse tempo nunca deixei de frequentar teatro, shows, filmes. Tudo o que fosse ligado a cultura, entre outras coisas fiz produção de shows e voltei para Curitiba. Retomei tudo e estou até hoje realizando o meu trabalho do qual desde quando comecei nunca mais parei.

MARKETING TENHO COMO PROFISSÃO. É o que sei e tenho sensibilidade para fazer, haja visto que nunca tive assessoramento de ninguém que criasse uma imagem do meu trabalho. Tudo foi saindo de minha cabeça e o que sai de dentro do meu escritório é criado aqui. Eu sou marqueteira de mim mesma. Verinha Walflor Assessoria & Marketing.

MUITAS VEZES EU COMPRO O SHOW PRONTO e corro todos os riscos em outras faço parceria com o artista e assim corremos o risco juntos. A terceira modalidade de trabalho é a produção local que é aquele que viabiliza a vinda do espetáculo, desonera custos, vai atrás de patrocínio que é a parte mais crucial, complicada e dispendiosa do nosso trabalho.

HOJE OS EMPRESÁRIOS E ARTISTAS NOS PROCURAM. De dez que nos procuram, procuramos um. Tenho ótimos clientes e trabalho só com quem me interessa. Nestes anos todos, o nosso escritório representa várias empresas do show business.

CUMPLICIDADE É UM CÍRCULO, assim é que funciona. Temos nossos colegas de trabalho em todo o Brasil, trocamos informações quase que diariamente. Quando um espetáculo acontece lá em Fortaleza, por exemplo, no dia seguinte sabemos o que deu certo ou errado.

A MÍDIA É IMPORTANTÍSSIMA se não temos mídia não temos público e este é o ponto mais desgastante. Por mais que os jornais deem matérias, a rádio etc …, a televisão é indispensável.

A DIFICULDADE É, buscar a viabilização disto e não é um trabalho fácil porque o que nós vendemos não é um artigo de primeira necessidade.

GRATIFICANTE É O RECONHECIMENTO DO PÚBLICO, o respeito, pessoas que reconhecem o meu trabalho sempre envolvido com bons espetáculos. Isso dá um prazer incrível.

EU SONHAVA EM TRABALHAR COM MUITAS PESSOAS. Me realizei quando fiz pela primeira vez o show de Roberto Carlos. Quando a Fernanda Montenegro me chamou eu larguei tudo para trabalhar com ela. Carlos Zara e Eva Wilma foi a mesma coisa. Paulo Autran. Foram tantos que para mim é difícil falar com quem eu não trabalhei nestes 28 anos.

O CURITIBANO GOSTA MUITO DE MÚSICA POPULAR, teatro e a dança está começando a tomar impulso. O público de ballet lembra um pouco o da música clássica, nariz arrebitado de ponta vermelha. É o frio.

ESTAR NA MÍDIA VALORIZA ATÉ O SEM TALENTO. Ela constrói ou destrói. No Brasil se faz um ídolo da noite para o dia, às vezes sem estrutura para sustentar ou sem história para contar. Hoje existe um segmento de público que não reconhece o verdadeiro talento do artista. É valorizado quem está na mídia. Mas este sucesso não é duradouro. Temos vários exemplos. Todo mundo pode ter 15 minutos de glória. Mas os verdadeiros talentos estão aí, superando modas.

Enviar por e-mail
Verified by MonsterInsights