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“ A nossa “Cidade Sorriso” sempre foi diferente! ” declara Sueli Gleich

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Foto de Sueli Gleich para Iza Zilli

 

Curitiba, 12 de Julho de 2018

 

A nossa “Cidade Sorriso” sempre foi diferente!

Como declarar um amor por Curitiba? Conseguir exteriorizar toda a emoção para enaltecer esta cidade que aprendi a amar desde o primeiro dia em que aqui estive estabelecendo um vínculo indissociável.

Aqui cheguei no início dos anos 70, quando saí de minha cidade natal, Brusque, em Santa Catarina, em busca de meu crescimento e minha formação profissional. No vigor da juventude, muito ouvia falar de Curitiba, e já a conhecia desde tenra idade, mas jamais imaginaria que um dia teria tantos agradecimentos a ela por me transformar no que sou pelo simples fato de receber as oportunidades que esta querida cidade me proporcionou.

“Minha Curitiba”, logo me encantou por sua elegância, cultura, beleza, já naquela época! Com suas áreas verdes, suas ruas e avenidas cortando a cidade de modo regular e simétrico, com ares de metrópole e cidade cosmopolita.

Quando aqui cheguei não existia a Rua das Flores, tão maravilhosa e florida nos dias atuais, havia no mesmo local a Avenida João Pessoa, conhecida por ser a menor avenida do país. Neste local, se concentravam os melhores cinemas da capital. Época das “matinés”, nos cines Ópera, Palácio e Avenida, em seguida vieram o Cine Vitória e o Cine Condor. Todos palcos de diversão, enormes, confortáveis e aconchegantes. Lembro que a ida ao cinema era um passeio programado com antecedência, ocasião que as mulheres buscavam melhor produção no vestuário e aparência. Todas iam a uma sessão de cinema vestidas adequadamente como se numa festa fossem, mesmo porque este programa era a busca de sensações de muito prazer e atualização cultural, já que assistíamos quase que concomitantemente aos grandes centros, os melhores filmes nacionais e estrangeiros.

Saudades do Passeio Público, um espaço familiar e democrático. Os tempos eram outros!  Havia segurança e famílias lá passeavam namorados se encontravam, pois este era o local onde admirávamos os animais exóticos, antes nunca vistos. Como era gostoso passear por aquela ponte pênsil, comer pipoca e amendoim, tomar sorvetes, observando as altas e frondosas árvores, além do Rio Belém, onde podíamos passear com os barquinhos de pedal.

Muitas lembranças das tardes de domingo na Confeitaria Iguaçu, Confeitaria das Famílias e Schaffer, do “Tipiti Dog”, dos chocolates Icab, tudo na Rua XV, tudo um luxo!

Curitiba, com seu modo peculiar de se expressar, definições só conhecidas por quem aqui vive. Por exemplo: vina com pão, a guia da rua para se referir ao meio-fio. Guardamento para nós significa o velório, enfim tantas outras expressões que só o curitibano conhece.

A nossa “Cidade Sorriso” sempre foi diferente, é comum à expressão “se desse certo em Curitiba daria certo em todo o Brasil”, tamanha a importância do senso crítico atestado aos curitibanos, que quando apoiavam e aprovavam um determinado projeto ou iniciativa, seria aceito por todos os brasileiros.

Curitiba de tanta cultura, somos ricos no folclore, artes plásticas, música e canto… Nosso querido Museu Paranaense com seu acervo que ensina a nossa história, e tantas outras instituições que promovem o enriquecimento cultural de nosso povo. Os nossos teatros como o Guaíra, Paiol, Reitoria, Ópera de Arame, todos palcos de grandes espetáculos nacionais e internacionais.

Atualmente Curitiba deu lugar à modernidade e tecnologia, temos novas atrações, como parques maravilhosos, shoppings, um moderno estádio de futebol, Arena da Baixada, palco de uma Copa do Mundo, inúmeras outras conquistas, mas nunca deixará de ser a linda e bela Curitiba, a capital dos paranaenses e de quem mais vier.

Por tudo isso e muito mais declaro o meu amor por Curitiba, cidade forjada na têmpera de um povo heroico, trabalhador, culto, estudioso e acolhedor. Esta sensação indelével permanecerá em meu coração e estarei eternamente ligada à lembrança inolvidável de tudo que vivi na linda e atrativa Curitiba.

Autora:

Sueli Gleich- Jornalista

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